24.2.16
18.2.16
14.2.16
O sabor das folgas
pus o despertador para as quatro e meia da manhã só pelo prazer de acordar, desligar o despertador e continuar a dormir, que foi o que me apeteceu fazer durante toda esta semana que parecia nunca mais chegar ao fim.
11.2.16
A felicidade tem muitas formas
roubar horas ao sono para ficar ao telefone noite dentro, não estar vento na rua provavelmente pela primeira vez desde que aqui cheguei, chegar a casa e pôr uma lasanha no forno, não ter absolutamente nada para fazer, o silêncio da casa, voltar a ver criminal minds, ser dia de grey's.
10.2.16
O silêncio
estou sozinha nesta casa desde as quatro da manhã de hoje. e vou continuar a estar sozinha durante os próximos três ou quatro dias. é uma sensação estranhamente agradável esta de ter tantas paredes, tanto silêncio, só para mim.
Tentar voltar à boa vida
da última vez que fui a portugal trouxe comigo dois livros. tinha dito a mim mesma que ia começar a aproveitar as folgas para fazer coisas tipo ler. entretanto comecei a aproveitar as folgas para fazer coisas tipo ver filmes.
Aquela dor
que é definir o alarme para as três da manhã. para as t-r-ê-s da manhã. dizem que eventualmente nos acabamos por habituar mas eu acho que é tudo mentira.
9.2.16
8.2.16
6845
« Sei que é inevitável e bom que os filhos deixem de ser crianças e abandonem a proteção do ninho. Eu mesmo sempre os empurrei para fora.Sei que é inevitável que eles voem em todas as direções como andorinhas adoidadas.
Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos e eu fique como o ninho abandonado no alto da palmeira…
Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo…
Existem muitos jeitos de voar. Até mesmo o vôo dos filhos ocorre por etapas. O desmame, os primeiros passos, o primeiro dia na escola, a primeira dormida fora de casa, a primeira viagem…
Desde o nascimento de nossos filhos temos a oportunidade de aprender sobre esse estranho movimento de ir e vir, segurar e soltar, acolher e libertar. Nem sempre percebemos que esses momentos tão singelos são pequenos ensinamentos sobre o exercício da liberdade.
Mas chega um momento em que a realidade bate à porta e escancara novas verdades difíceis de encarar. É o grito da independência, a força da vida em movimento, o poder do tempo que tudo transforma.
É quando nos damos conta de que nossos filhos cresceram e apesar de insistirmos em ocupar o lugar de destaque, eles sentem urgência de conquistar o mundo longe de nós.
É chegado então o tempo de recolher nossas asas. Aprender a abraçar à distância, comemorar vitórias das quais não participamos diretamente, apoiar decisões que caminham para longe. Isso é amor.
Muitas vezes, confundimos amor com dependência. Sentimos erroneamente que se nossos filhos voarem livres não nos amarão mais. Criamos situações desnecessárias para mostrar o quanto somos imprescindíveis. Fazemos questão de apontar alguma situação que demande um conselho ou uma orientação nossa, porque no fundo o que precisamos é sentir que ainda somos amados.
Muitas vezes confundimos amor com segurança. Por excesso de zelo ou proteção cortamos as asas de nossos filhos. Impedimos que eles busquem respostas próprias e vivam seus sonhos em vez dos nossos. Temos tanta certeza de que sabemos mais do que eles, que o porto seguro vira uma âncora que impede-os de navegar nas ondas de seu próprio destino.
Muitas vezes confundimos amor com apego. Ansiamos por congelar o tempo que tudo transforma. Ficamos grudados no medo de perder, evitando assim o fluxo natural da vida. Respiramos menos, pois não cabem em nosso corpo os ventos da mudança.
Aprendo que o amor nada tem a ver com apego, segurança ou dependência, embora tantas vezes eu me confunda. Não adianta querer que seja diferente: o amor é alado.
Aprendo que a vida é feita de constantes mortes cotidianas, lambuzadas de sabor doce e amargo. Cada fim venta um começo. Cada ponto final abre espaço para uma nova frase.
Aprendo que tudo passa menos o movimento. É nele que podemos pousar nosso descanso e nossa fé, porque ele é eterno.
Aprendo que existe uma criança em mim que ao ver meus filhos crescidos, se assustam por não saber o que fazer. Mas é muito melhor ser livre do que imprescindível.
Aprendo que é preciso ter coragem para voar e deixar voar. »
E não há estrada mais bela do que essa.
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Dos outros
Aquela paz interior
quando passas quarenta minutos a limpar a cozinha e no fim olhas à tua volta e ela até brilha.
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Coisas
7.2.16
Não sei se é desta coisa de ser emigrante mas...
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Sons
6.2.16
1.2.16
A tentar criar hábitos saudáveis
ir para a cama mais cedo, manter os horários, acordar naturalmente cedo, aproveitar o dia.
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Sobre mim
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